Durante a RootsTech deste ano, o comediante, escritor, diretor e dublador italiano Marco Lui falou como seu amor pela família e pelo riso moldaram sua carreira e sua visão de vida.
Quem é Marco Lui?
Marco Lui nasceu em Milão, na Itália, e desde pequeno adora fazer os outros rirem. No início de sua carreira na televisão, ele desenvolvia esquetes de comédia e mímica inspiradas nos clássicos do cinema mudo, como as obras de Charlie Chaplin, e participou de programas da Mediaset, como Beato tra le Donne.
Esse trabalho levou à criação de seu personagem mais famoso, o Mr. Lui—frequentemente comparado ao personagem britânico Mr. Bean—e o tornou conhecido no canal Italia 1.
Fora da TV, Marco construiu uma carreira diversificada como produtor e diretor de cinema, com obras notáveis como The Book of Life (2010) e Dr. Smith and the Fantastic Castle (2012). Atualmente, ele trabalha na mídia italiana como apresentador das seleções do Zecchino d’Oro, onde também atua como comediante e dublador, levando seu humor característico e carisma ao programa.
Um caminho humilde até a fama
O amor de Marco pelo riso e a paixão pela escrita começaram ainda na infância. Ele cresceu em uma família com recursos limitados e lembra que não levava lanche para a escola. Criativo, passou a fazer apresentações atrás da sala de aula: quem quisesse assistir precisava lhe oferecer um pedaço do lanche. Dessa forma, ele sempre tinha algo para comer. "Pouco a pouco, eu estava sempre fazendo shows", relembra.
Durante a escola, Marco descobriu um verdadeiro talento e gosto pela escrita. Criava histórias e filmes com frequência e percebeu que essa paixão poderia se tornar sua profissão. "Percebi que a câmera era como uma caneta", contou. Seu trabalho chamou a atenção de emissoras locais e internacionais, interessadas em suas pequenas comédias. "De repente, me vi no mundo do entretenimento", disse. Na Itália, suas esquetes chegaram a ser exibidas 30 vezes por dia durante três anos.
A importância da família
Hoje, Marco vive na bela Verona, na Itália, com sua esposa e duas filhas. Dos desenhos infantis na geladeira às paredes cobertas de fotos, é evidente o quanto ele valoriza a família. Em sua palestra virtual, falou sobre a decisão consciente de priorizar a criação de memórias com suas filhas pequenas — inclusive recusando trabalhos que o afastassem da família por muito tempo.
Seus objetivos de vida também mudaram. Embora continue amando o entretenimento, ele revelou que sua carreira não é mais o foco principal: "Ficar mais famoso, fazer as coisas de que gosto... isso já não importa tanto. ... Tenho minhas filhas e minha esposa, e está tudo bem."
A cura que vem das raízes
A alegria de Marco vai além de sua família imediata. Atualmente, ele ajuda a cuidar de sua tia de 92 anos, o último elo vivo da geração de seus pais. Até alguns anos atrás, ela morava sozinha no sul da Itália, mas com a saúde fragilizada, tornou-se necessário levá-la para Verona, para ficar perto da família. Marco contou que, quando chegou ela estava debilitada — mas, com o convívio com suas filhas e os sobrinhos, sua saúde melhorou. “Foi como se ela tivesse renascido”, lembra.
Essa cura pela conexão familiar aconteceu dos dois lados. A tia compartilhou histórias e experiências com os filhos de Marco, criando lembranças valiosas. "Era importante que ela contasse a eles as histórias da nossa vida, porque... talvez isso nos ajude a entender melhor quem somos", explicou Marco. “Assim, podemos conhecê-los melhor — e também a nós mesmos.”
Ele mencionou ainda que seu pai fez um extenso trabalho genealógico, reunindo muitas histórias da família. Marco admite que ainda não leu muito desse material, já que o trabalho já estava feito, mas tem vontade de explorar mais essas recordações para se sentir ainda mais conectado às suas raízes.
Durante a apresentação, o FamilySearch presenteou Marco com informações, documentos e imagens sobre a história de sua família. Ele descobriu mais sobre seus bisavós e chegou a ouvir uma gravação nas Recordações do FamilySearch, na qual seu avô materno contava como fazia sapatos.
Foi extraordinário ouvir a voz dele. Como eu conhecia a pessoa, consegui sentir o quanto ele se importava”, disse Marco. E concluiu: "Ver essas histórias. . . é uma herança que não tem preço."
O riso como forma de lembrança
Ao final de sua palestra, Marco refletiu sobre sua experiência com história familiar, pensando nas memórias que seus filhos estão construindo com ele—e nas histórias que um dia contarão a seus próprios filhos. "Quero que eles se lembrem dos momentos que passamos juntos como família", disse ele. "Quero que se lembrem dos meus pais e da minha tia... ... E, quando eu morrer, quero que digam: 'ninguém me fez rir como meu pai'".
As reflexões de Marco Lui sobre família tocam o coração de pessoas no mundo todo. Momentos cheios de felicidade, amor e risadas são talvez o maior tesouro para nos lembrar de onde viemos — e de quem queremos nos tornar.
O que é a RootsTech?
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