Kathryn Grant
É um dilema comum: ao tentar encontrar nomes para o templo, como você sabe onde começar a procurar, se você está trabalhando em sua própria linhagem ou de outra pessoa?
Às vezes, luto por um bom tempo para encontrar um bom ponto de partida. Mas quando busco a orientação do Espírito, é muito mais fácil encontrar um ponto de partida.
Buscar a orientação do Espírito envolve ouvir, mas também envolve a oração e ação. Aqui estão alguns passos básicos que funcionaram para mim:
- Se estou ajudando alguém, peço a pessoa que estou ajudando a orar por mim.
- Encontro um lugar tranquilo para trabalhar — algum lugar sem distrações onde posso ouvir o Espírito.
- Depois de orar pedindo orientação, olho o gráfico de linhagem. Minha visualização favorita na Árvore Familiar é o gráfico em leque. Não pesquiso além do final dos anos 1700 e geralmente pesquiso em países onde estou familiarizado com o idioma.
- Ao examinar o gráfico em leque, presto atenção ao que chamo de “inspiração do coração” — as doces impressões espirituais de que alguém está esperando para ser encontrado.
- Quando me sinto atraído por uma pessoa específica, vou à página da Pessoa na Árvore Familiar. Concentro-me em uma família de cada vez. Meu objetivo é unir as famílias, não juntar um grande número de nomes por vez.
- Procuro por cônjuges e filhos que estão faltando. Se eu encontrar um nome com um templo verde, verifico-o. Mas esse não é o meu foco. Estou tentando encontrar pessoas que precisam ser acrescentadas à Árvore Familiar.
Duas experiências ilustram esse processo.
Em uma tarde de domingo eu estava ajudando os missionários no CTM de Provo a iniciar sua história da família. Enquanto eu estava trabalhando com uma síster, uma outra síster, a Síster Montgomery, parou para conversar conosco. Ela parecia decepcionada quando mencionou que suas linhagens já tinham sido pesquisadas minuciosamente, e ela provavelmente não conseguiria encontrar nenhum nome de antepassados.
Embora eu estivesse trabalhando com a primeira síster, fui inspirado a oferecer ajuda a Síster Montgomery. Eu sabia por experiência própria que nomes geralmente podem ser encontrados até mesmo em árvores completas, e eu estava confiante de que conseguiríamos encontrar nomes para ela.
Quando me ofereci para ajudar, ela ainda pareceu duvidosa que qualquer coisa pudesse ser encontrada. Mas quando perguntei se ela poderia orar por mim, ela concordou de boa vontade. Ela me deu suas informações de ajudante e planejamos nos reunir na semana seguinte.
Mais tarde, depois de ir para um lugar tranquilo, orei fervorosamente para ter a orientação do Espírito. Em seguida, olhei para o gráfico em leque da família da Síster Montgomery. Senti-me atraída ao nome de Abraham Chadwick. Abraham era um dos primeiros conversos na linhagem da Síster Montgomery, e sua fidelidade e seu testemunho eram evidentes em seu registro na Árvore Familiar. Não me surpreendeu ver que ele tinha feito o trabalho do templo para grande parte de sua família.
Mas então, comecei a analisar os irmãos de Abraham. Uma de suas irmãs me chamou a atenção. Seu trabalho foi feito, mas ao olhar para seus filhos, poucos tinham os cônjuges e os que tinham, tiveram poucos ou nenhum filho. Não demorou muito para encontrar registros históricos, mostrando os cônjuges e filhos que precisavam ser acrescentados à Árvore Familiar.
Então quando busco sinceramente a orientação do Espírito para encontrar um ponto de partida, isso significa que é sempre simples? Não. Há momentos em que o caminho tem voltas e curvas. Felizmente, o Espírito está lá para ajudar ao longo do caminho.
Por exemplo, minha amiga Darla perguntou se eu poderia ajudá-la e sua filha adolescente, Chloe, encontrar nomes para o templo. Combinamos um horário para nos encontrar e pedi-lhe para orar por mim ao me preparar.
Fui até um lugar calmo e em espírito de oração, examinei o gráfico em leque. Mas desta vez, não senti nenhuma orientação específica. Continue procurando e orando. Foi quando notei um problema com a avó de Darla, Sarah Helen Harvey: ela parecia ter os mesmos pais que seu marido! Algo estava definitivamente errado.
Uma pequena pesquisa revelou que Sarah estava conectada aos próprios pais e aos pais do marido (algo que eu poderia ter corrigido, mas senti-me inspirada a deixar a Chloe fazer isso). Eu também senti que a linhagem “oculta” — aquela que eu não tinha visto no gráfico em leque por causa dos pais errados — era a que eu deveria me concentrar. Então exibi aquela linhagem no gráfico em leque e logo senti a inspiração de olhar para a linhagem de John Kellett, 4º bisavô de Darla.
A verificação dos registros históricos mostrou que John tinha descendentes que não estavam na Árvore Familiar. Durante minha reunião com Darla e Chloe, Chloe conseguiu acrescentar vários antepassados na Árvore Familiar e reservar as ordenanças do templo para eles.
Ouvir a orientação do Espírito para encontrar um ponto de partida requer prática, mas quanto mais eu pratico, fica cada vez mais fácil. O Senhor sabe exatamente onde eu deveria estar trabalhando. Se estou disposto a buscar essa orientação em vez de pensar que tenho que descobrir por conta própria, posso encontrar um ponto de partida melhor mais rapidamente.
Depois de passar anos apenas observando, Kathryn começou sua própria história da família e descobriu uma nova paixão. Sua especialidade é orientar novos pesquisadores de história da família e ajudá-los a ter sucesso — e talvez até mesmo ajudá-los a evitar alguns dos erros que ela cometeu. Ela se apresenta frequentemente em eventos de história da família e serve como consultora líder de templo e história da família em sua estaca.