Gostaria de falar sobre minha avó materna, Chloe Louise Layton Harris. Evidentemente, sempre a conheci simplesmente como “Vovó”. A minha avó paterna faleceu muitos anos antes de meu nascimento, então a Chloe foi a única avó que eu realmente conheci. Tenho muitas recordações e algumas estão relacionadas à cozinha e em especial sobre as coisas que aconteceram na mesa da cozinha ou em torno dela.
Meu irmão me contou uma história do tempo em que ele e dois primos estavam na idade de remover as amígdalas. A cirurgia ambulatória era na realidade uma cirurgia em casa, pois os primos e as mães se reuniam na casa da vovó, e cada filho se revezava, sentando na mesa da avó e tendo as amígdalas removidas. O médico local cuidava da cirurgia. Minha avó e suas filhas eram as enfermeiras no pós-operatório! Todos sobreviveram e viveram uma vida longa sem amígdalas.
Também ouvi histórias de que na época da colheita a vovó alimentava as equipes de homens contratados para ajudar na colheita de grãos. Em volta de sua mesa, ela alimentou sete filhos, seu marido e muitos homens que vinham à fazenda para cumprir longas jornadas de trabalho. Obviamente tinham enorme apetite. Preparar quase todo o alimento cultivado na fazenda da família e cozinhar em um fogão de lenha ou carvão exigia habilidade e organização, coisa que é difícil de compreender. Quando a vovó preparava o alimento para esses homens, ela acordava cedo o suficiente para assar uma dúzia de pães antes do grupo vir até a cozinha para o almoço. Essa preparação implicava em moer o trigo, misturar o pão, acender o fogão e assar o pão. Ao mesmo tempo em que fazia isso tudo, preparava tudo o que era necessário para a refeição. Do meu ponto de vista moderno, essa era uma incrível realização.
A família de meu tio Brian publicou sua história pessoal na Árvore Familiar. O tio Brian disse que durante a grande depressão, a família não conseguiu vender o trigo para que suprisse os custos do plantio. Em vez disso, eles usaram o trigo em lugar do carvão. Outra parte era usada para alimentar os porcos. E minha avó sempre servia carne de porco, batatas, cereais, leite ou pão caseiro. Encontrar essa história na Árvore Familiar em um lugar onde pude lê-la, ajudou-me a amar ainda mais a vovó. Ela fez tudo o que era necessário para cuidar de sua família em momentos difíceis.

Meus dias na mesa da vovó eram cheios de alimentos nutritivos e de bons momentos. A minha comida favorita à mesa da vovó era ovos fritos. Nem minha mãe sabia como fritar um ovo tão saboroso quanto o da vovó. Eu morava há muitos quilômetros de distância, mas no outono, minha mãe e eu íamos à casa da avó para ajudar a conservar pêssegos. Minha mãe e suas irmãs sentavam-se em volta da mesa da vovó cortando, descascando e fazendo a conserva de pêssegos por quase uma semana. Eu sentava e ouvia as histórias e o amor compartilhado em volta da mesa da vovó. Certo ano, eu cheguei a faltar a escola só para participar da reunião anual do pêssego. Entre os potes e pêssegos, minha avó me ouvia contar histórias de Dick e Jane. Quando voltávamos para casa, minha mãe levava caixas de pêssego em conserva. Eu saía confiante que era o melhor leitor de 6 anos de idade no mundo. Por que não? Minha avó dizia que eu era!
Que recordações você tem daqueles anos? Compartilhar suas histórias na Árvore Familiar, assim como fez a família do meu tio Brian, pode ajudar a sua família a crescer em amor e apreço por seus antepassados. Conectem-se a sua família. Se possível, reservem um tempo para ir ao templo juntos. Honrem seus avós e outros antepassados. Ao levar os nomes de nossos pais e avós e outros antepassados ao templo, podemos estender a eles nossa gratidão pela dádiva da vida que nos deram. Saiba mais sobre seus avós, leve seus nomes ao templo e compartilhe com a sua família as experiências preciosas de fazer esse trabalho de salvação para aqueles que você ama muito.